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Como aprender uma língua estangeira - 10 dicas práticas

Fernanda Rodrigues

2 de maio de 2024

Aprender uma língua estrangeira pode ser uma tarefa um pouco agridoce: se por um lado, há um universo inteiro de descobertas; por outro, esta tarefa não se concretiza rapidamente, uma vez que este é um objetivo de médio a longo prazo. Sendo assim, como se manter confiante e disciplinado a ponto de se chegar a um nível avançado em um outro idioma? Neste artigo, apresentamos algumas dicas práticas para que você possa iniciar e continuar os seus estudos linguísticos.

ENTENDA O PORQUÊ DE APRENDER

Um dos pontos mais fundamentais para conseguir alcançar um objetivo de médio e de longo prazos é entender o motivo por que se quer alcançar este objetivo. Muitas vezes, essa motivação pode ser externa — como uma promoção no trabalho — ou interna — como o desejo de fazer a viagem dos sonhos ou morar em outro país para estudar em um curso específico ou com um professor renomado. Seja como for, seguem algumas dicas de como encontrar o seu porquê.

1. Qual é o seu maior sonho?

Um dos pontos mais interessantes de se aprender uma ou mais línguas estrangeiras é a possibilidade de ampliação da realização de sonhos: falar com um ídolo, fazer uma viagem, fazer amigos, começar um relacionamento amoroso, conseguir um trabalho melhor… As possibilidades são múltiplas e infinitas e saber um novo idioma pode contribuir para que você conquiste algo que seja, de fato, primordial na sua vida. Então, que tal relacionar o saber uma língua estrangeira com o seu maior sonho? Você pode fazer uma lista, uma planilha ou um quadro de visualizações que te lembre o motivo pelo qual você resolveu estudar.

2. Se reconecte com as suas raízes

Aprender um novo idioma pode ser uma ótima maneira de conhecer melhor a sua origem, isso porque aprender uma língua é aprender também sobre a cultura de um povo. Aprender os idiomas dos seus avós, bisavós e tataravós pode explicar muitas das tradições familiares que pareciam sem explicação. Você sabe quais e quantos povos e culturas que compõe a sua família? Que tal ir atrás desta informação e listar quais línguas faladas por eles você gostaria de aprender? Aprender um novo idioma possibilita que você entre em contato com professores e pesquisadores das línguas faladas por seus ancestrais. Somado a isso, a língua da sua família pode se converter na sua profissão: que tal se tornar professor, tradutor, intérprete, revisor, diplomata etc. e usar o idioma herdado como fonte de renda?

3. Obtenha independência e economize dinheiro

Saber um idioma novo dá independência ao falante. Diante de uma viagem ou de uma tarefa de trabalho ou acadêmica, o estudante e falante de duas ou mais línguas não precisa de um tradutor/intérprete ou de um guia de turismo para se movimentar ou para executar sua tarefa ou seguir um roteiro fechado. Além disso, tanto tradutores quanto guias são profissionais que não cobram barato por seus serviços, o que significa que, além de ter a liberdade de escolha de fazer o que se precisa no seu próprio ritmo, há uma economia financeira. Reflita: como saber uma ou mais línguas te torna mais livre? Anote o que te vier à mente.

4. Construa a sua carreira acadêmica e profissional

Para continuar os estudos acadêmicos — principalmente nos âmbitos de mestrado, doutorado e pós-doc. — é preciso saber uma ou mais línguas estrangeiras (a depender do nível de estudo). Esta solicitação faz parte do processo seletivo das universidades e também facilita em todos os processos de pesquisa. Portanto, vale listar e pesquisar: qual é a sua área de interesse e quais línguas estrangeiras estão relacionadas com essa área?

Além disso, saber novas línguas amplia as suas possibilidades no mercado de trabalho: tanto no que diz respeito à gama de oportunidades, quanto à pretensão salarial. Então, é importante você traçar quais são os seus objetivos profissionais e, a partir disso, mapear quais línguas são solicitadas para, assim, começar a estudá-las.

Para isso, nota-se que as línguas mais estudadas são: inglês, espanhol, italiano, japonês, alemão, francês, e além da variação europeia do português — já que, segundo o jornal O Estado de São Paulo (em reportagem de agosto de 2023) — os 10 lugares para onde os brasileiros mais migram são: Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido, Japão, Espanha, Alemanha, Itália, Canadá e Guiana Francesa.

5. Ganhar repertório cultural

Saber mais de uma língua amplia o repertório cultural, mesmo que este falante não saia de seu país. Com as facilidades trazidas pela internet, é possível assistir a vídeos, séries e filmes; ouvir músicas e podcasts; ler livros e blogs; falar com pessoas nativas de outros países; trabalhar e estudar sem sair de casa. Tudo isso nos possibilita a traçar paralelos, comparar acontecimentos, compreender outros pontos de vista, descobrir novos conhecimentos, o que te torna um melhor profissional e uma pessoa mais interessante em todas as áreas da vida. Faça um planilha e registre: onde você pode encontrar conteúdo da língua estudada?

ENTENDA COMO COLOCAR EM PRÁTICA

Agora que você entendeu e tem muito claro o porquê você estuda uma língua estrangeira, é preciso colocar o estudo em prática. Abaixo, listamos mais algumas dicas de como você pode fazer isso:

6. Amplie o tempo de contato e deixe os seus objetivos visíveis

Aprender uma língua estrangeira leva tempo. A quantidade estimada de horas varia de acordo com a similaridade entre a sua língua materna o idioma estudado. O Instituto de Serviço Estrangeiro dos Estados Unidos (FSI, na sigla em inglês) aponta algo que varia entre 700 e 2200 horas para se alcançar o nível intermediário, para os falantes de inglês como língua nativa, conforme aponta a reportagem da BBC Brasil, intitulada “Como aprender um novo idioma com uma hora de estudo por dia”. Ainda de acordo com essa reportagem, o esforço vale a pena não só pelo retorno cultural e financeiro que saber uma língua estrangeira trazem, mas também pelos benefícios cognitivos que isso gera.

Sendo assim, além de separar um tempo para parar e estudar (usando um aplicativo e/ou livros didáticos ou ainda em cursos como os da Altissia), amplie o contato que você tem com o idioma estudado: mude os seus dispositivos para a língua estrangeira, nomeie os objetos da casa com post-it, crie uma playlist com músicas para você ouvir durante a atividade física ou enquanto cozinha ou faz uma faxina, assista a filmes e séries e converse com nativos, por exemplo. É muito importante que você possa associar a língua estudada com motivações prazerosas. Na mesma reportagem citada, o poliglota Timothy Doner recomenda esta associação ao sugerir: “‘Se gosta de cozinhar, compre um livro de culinária em uma língua estrangeira. Se gosta de futebol, assista a um jogo internacional’, diz ele. ‘Mesmo que aprenda apenas umas poucas palavras por dia, será mais fácil relembrá-las mais tarde’”.

Complementando a tudo isso, é necessário que você deixe os seus objetivos visíveis para se relembrar sempre do motivo que o levou a estudar esta língua. Escreva-os na primeira página do seu caderno, deixe-o de fundo na tela do seu computador/tablet/celular, converse sobre eles com amigos. Relembre-se sempre da sua motivação!

7. Escreva um diário de estudo

Que tal escrever um diário de estudos? Em um caderno ou em um arquivo digital, escreva na língua estudada: o que você aprendeu hoje? Quais são as suas facilidades? Quais são as suas dificuldades? É possível fazer um resumo do seu dia, do filme/vídeo/série que assistiu? Você pode ainda relatar como foi a aula ou aquela reunião de trabalho, se precisa de pesquisar algum assunto com maior profundidade, revisar o que foi aprendido ou ainda dizer como se sente quando fala nesse novo idioma. Como o diário é seu — e você não precisa mostrá-lo para ninguém —, você tem a liberdade de criá-lo da forma que for melhor te convém. Que tal escolher um caderno bem bonito para começar?

8. Conecte-se com outras pessoas que falam esta língua

Estar em contato com outros estudantes, é estimulante porque você não vai se sentir sozinho. Assim como você, essas pessoas também passam por momentos de maior facilidade e de maior dificuldade nesse processo de aprendizagem. Esta troca pode fortalecer as suas energias para que você não desista. Além disso, ter contato com nativos, nos dá aquele gás para continuar estudando e aprendendo tanto sobre a língua, quanto sobre a cultura. Faça uma lista: em que lugares você pode encontrar essas pessoas? Fóruns e grupos nas redes sociais, embaixadas, universidade, trabalho, centros culturais - você tem algum espaço físico perto de você que possa ser frequentado?

9. Pratique as 4 habilidades

Um descuido muito comum dos estudantes de língua estrangeira no Brasil é focar apenas em uma das habilidades — o famoso “entendo tudo o que dizem, mas não consigo falar”. Sendo assim, ao se programar para estudar uma língua estrangeira, coloque no seu planejamento o treino das 4 habilidades: fala, escuta, leitura e escrita. Sobre a fala — que é a habilidade que a maioria dos alunos tem dificuldade — pratique com outros amigos que também estejam estudando; leia textos em voz alta; converse consigo mesmo olhando no espelho; grave a sua voz e ouça para ver como está a sua pronúncia; cante músicas; repita falas de séries e filmes como se você fosse um dos personagens; solte a imaginação! Com o passar do tempo, volte ao registro do seu diário e veja em qual delas você se sai melhor, qual precisa de mais prática/ajustes.

10. Tenha apoio profissional

Ter apoio de professores e materiais adequado facilita boa parte do processo. É neste ponto que a Altissia pode te ajudar. Com uma plataforma desenvolvida pelos melhores especialistas no ensino de línguas, a Altissia possibilita que você estude mais de vinte línguas, a partir de um percurso de aprendizagem on-line que permite que seu processo de estudo aconteça a qualquer hora e de qualquer lugar. Além disso, todo o material da plataforma da Altissia foi preparado com base no Quadro de Referências para o Estudos de Línguas, o que garante que você aprenderá o conteúdo certo para cada nível linguístico e que se preparará para os principais exames de proficiências existentes.